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quinta-feira, 11 de outubro de 2007

HEROINA

Esta substância é um opiáceo, sendo, por isso, produzida a partir da papoila (de onde é extraído o ópio), que é transformada em morfina e mais tarde em heroína. Os principais produtores de papoila são o México, Turquia, China, Índia e os países do chamado Triângulo Dourado (Birmânia, Laos e Tailândia). Este alcalóide tem uma acção depressora do sistema nervoso. É comercializada em pó, geralmente castanho ou branco (quando pura) de sabor amargo. Foi, durante muito tempo, administrada por via intravenosa, mas o aparecimento da SIDA e os efeitos devastadores que esta teve nos heroinómanos, levou à procura de novas formas de consumo. Actualmente, opta-se também por fumar ou aspirar os vapores libertados pelo seu aquecimento. No entanto, a preparação de uma injecção de heroína continua a ser um ritual, do qual fazem parte a colher e o limão. A heroína é frequentemente misturada com outras drogas como a cocaína ("speedball"), de forma tornar os efeitos de ambas mais intensos e duradouros. Em calão, a heroína possui várias denominações. Entre elas podemos referir heroa, cavalo, cavalete, chnouk, castanha, H, pó, poeira, merda, açúcar, brown sugar, burra, gold (heroína muito pura), veneno, bomba ou black tar. Os opiáceos actuam sobre receptores cerebrais específicos localizados no sistema límbico, na massa cinzenta, na espinal medula e em algumas estruturas periféricas. A morfina, um dos principais componentes da heroína é responsável pelos seus mais salientes efeitos. Funciona como um analgésico poderoso e abranda o funcionamento do Sistema Nervoso Central e da respiração.


Efeitos

Os efeitos da heroína duram entre 4 a 6 horas. Inicialmente podem sentir-se náuseas e vómitos que são depois substituídos por sensação de bem-estar, excitação, euforia e prazer. Concomitantemente, pode sentir-se uma sensação de tranquilidade, alívio da dor e da ansiedade, diminuição do sentimento de desconfiança, sonolência, analgesia, letargia, embotamento mental, incapacidade de concentração ou depressão. Para além disso, pode ainda experimentar-se miose, estupor, depressão do ciclo respiratório (causa de morte por overdose), edema pulmonar, baixa de temperatura, amenorreia, anorgasmia, impotência, náuseas, vómitos, obstipação, pneumonia, bronquite ou morte.


Riscos

A longo prazo, o consumidor poderá sofrer alterações a nível de peso (emagrecimento extremo), afecções gastrointestinais ou patologias ginecológicas (amenorreia, problemas de ovulação). A nível psicológico, um dependente de heroína poderá tornar-se apático, letárgico, deprimido e obcecado pela droga. Muitos dos problemas que o heroinómano poderá ter estão relacionados com as infecções causadas pelo uso da seringa, falta de hábitos higiénicos e adulteração da substância. Assim sendo, existem riscos de aparecimento de chagas, abcessos, processos infecciosos como hepatites, pneumonias, SIDA, etc. A quantidade real de heroína na dose vai de 0 a 80%, sendo que a percentagem mais frequente é de 5%. A adulteração da heroína faz-se através da sua mistura com produtos tóxicos ou prejudiciais (açúcar em pó, talco, lactose, farinha, aspirina, cacau). A mistura de heroína com álcool ou outras drogas depressoras potencia os riscos de overdose. Em mulheres grávidas, o consumo pode provocar abortos espontâneos, cesarianas e partos prematuros. Os recém-nascidos geralmente nascem mais pequenos do que a média, com sintomas de infecção aguda e dificuldades respiratórias, ou então com sintomas de abstinência. O consumo crónico de heroína poderá implicar défices acentuados a nível social, podendo estes levar a desestruturação familiar, desemprego, dificuldades interpessoais, etc.

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